terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Tentando Explicar o Trabalho de Exu na Umbanda





Há que se entender de uma vez por todas que Umbanda e Candomblé são religiões absolutamente distintas, que guardam muito mais diferenças do que semelhanças.

É como querer comparar a religião Católica com a Evangélica. Existem semelhanças? Sim como, por exemplo, os nomes de alguns Orixás, mas a forma de entendimento do que seja Orixá e principalmente a forma de culto a esses Orixás é absolutamente diferente.

Com Exu não poderia ser diferente. O Candomblé o entende como sendo Orixá ou ainda nas palavras de Pierre Verger:

“Exu é a figura mais controvertida dos cultos afro-brasileiros e também a mais conhecida. Há, antes de mais nada, a discussão se Exu é um Orixá ou apenas uma Entidade diferente, que ficaria entre a classificação de Orixá e Ser Humano. Sem dúvida, ele trafega tanto pelo mundo material (ayé), onde habitam os seres humanos e todas as figuras vivas que conhecemos, como pela região do sobrenatural (orum), onde trafegam Orixás, Entidades afins e as Almas dos mortos (eguns).”

Como a nossa discussão não diz respeito as interpretações do Candomblé, visto se tratar de outra religião, nos ateremos a Umbanda onde Exu não é Orixá. Não é Orixá porque Orixá é energia emanada de Zambi (Deus), representada na terra através das Forças da Natureza. Orixá é potencia de Luz.

Origens

A título de curiosidade apenas, ressalto que existem várias correntes que afirmam diferentes origens para a palavra Exu, a saber:

"A primeira corrente afirma que a palavra Exu seria uma corruptela ou distorção dos nomes Esseiá/Essuiá, significando lado oposto ou outro lado da margem, nomenclatura dada a espíritos desgarrados que foram arrebanhados para a Lemúria, continente que teria existido no planeta Terra.

A Segunda corrente assevera que o nome Exu seria uma variante do termo Yrshu, nome do filho mais moço do imperador Ugra, na Índia antiga. Yrshu, aspirando ao poder, rebelou-se contra os ensinamentos e preceitos preconizados pelos Magos Brancos do império. Foi totalmente dominado e banido com seus seguidores do território indiano. Daí adveio a relação Yrshu / Exu, como sinônimo de povo banido, expatriado.

A terceira corrente afirma que o nome Exu é de origem africana e quer dizer Esfera.

Saliente-se que entre os hebreus encontramos o termo Exud, originário do sânscrito, significando também povo banido." (Retirado do site de Jurema de Oxalá)

Como disse anteriormente, é apenas a título de curiosidade, pois nada disso interfere no trabalho de Exu nos terreiros de Umbanda.

Mitos

Isto esclarecido passemos a tentar esclarecer alguns pontos que são mitos dentro da Umbanda. Mitos que foram criados por pessoas que não entendiam o verdadeiro trabalho de Exu na Umbanda, aliás não entendiam o verdadeiro trabalho da Umbanda.

A Umbanda em sua dinâmica básica lida com espíritos dos mais variados graus de evolução. As entidades, guias e mentores que se apresentam nos terreiros exercem um trabalho incansável contra as forças trevosas.

A origem de qualquer coisa em uma religião tem a ver com a função dela dentro da mesma.

Na Umbanda a origem de Exu está em função da necessidade de existirem guardiões, encaminhadores e combatentes das forças trevosas. Trabalho básico da Umbanda. Por isso se diz que “Sem Exu não se faz nada”. Isso não porque Exu não deixa, porque é vingador, traíra ou voluntarioso como querem fazer pensar algumas lendas sobre Exu, mas sim porque não há como combater forças trevosas sem defesa e proteção.

Então pode vir a pergunta: “Então nossos guias (caboclos e pretos velhos) não nos protegem e defendem?” Claro que protegem e defendem, entretanto cabe a Exu o primeiro combate, o combate direto contra as energias que circulam no Astral Inferior. Esta é a especialidade de Exu, pois conhece profundamente os caminhos e trilhas desse ambiente energético. É a sua função primeira, assim como a dos Caboclos e Pretos Velhos é a de nos orientar e aconselhar.

Tudo na Umbanda é organizado, coerente e lógico.

Tendo isso em mente, um segundo mito a ser desfeito diz respeito a confiabilidade de Exu. Como disse anteriormente, Exu não é traíra! Qual a lógica de Orixá e entidades de luz o colocarem como guardião, defensor se ele fosse “subornável”, se ele não fosse confiável?

Seguindo o mesmo raciocínio outro mito que não tem base alguma é “Exu tanto faz o mal quanto faz o bem e depende de quem pede. Nós é que somos os maus na história”. Não existe “defesa” pior para Exu do que esta, pois trata-se de outra incoerência! Se uma criança sabe diferenciar o bem do mal, como Exu, conhecedor de segredos de magia, manipulador de magia, defensor, combatente de forças trevosas possa ser tão imbecil a ponto de não diferenciar o bem e do mal e o que é pior trair a confiança de Caboclo e Pretos Velhos? E ainda por cima não ter nenhum tipo de aspiração evolutiva, ou seja, ficar sempre entregue a mercê de nossa vontade nunca aspirando evoluir?

Aí vem outra pergunta: “Mas eu fui num terreiro e disseram que o trabalho contra mim foi feito por um Tranca Ruas”. Resposta: o trabalho foi feito por um obsessor se passando por Tranca Ruas. Aliás, obsessor se passa por tudo, inclusive por enviado de Orixá, como Caboclo e Preto Velho.

E por que isso acontece? Por causa de médiuns invigilantes. Médiuns pouco compromissados com o Astral Superior, médiuns e dirigentes ignorantes. Médiuns e dirigentes que buscam os terreiros de Umbanda para satisfazer as suas baixas aspirações, como válvulas de escape para fazerem “incorporados” o que não tem coragem de fazer de “cara limpa”! Médiuns de moral duvidosa que gritam, xingam, bebem, dançam de maneira grotesca para uma casa religiosa e imputam a Exu esses desvarios. Caso estejam realmente incorporados estão na realidade é sofrendo a incorporação de kiumbas (que são espíritos moralmente atrofiados ou que buscam apenas tumultuar o ambiente). Nunca um Exu ou Pomba Gira de verdade irá se prestar a um papel desses.

Outro ponto que gera muita confusão diz respeito a incorporação de Exu, pois já ouvi a pergunta: “Se ele é guardião, quando está incorporado não está “guardando” nada.”Novamente a lógica e a coerência devem falar mais alto do que a ignorância e a incredibilidade.

O Exu Guardião não é o que incorpora nos terreiros. Os que incorporam são Exus de Trabalho (como eu costumo chamar), de defesa pessoal do médium. Esses Exus também participam dos trabalhos junto aos Exus Guardiões e Amparadores no combate as forças do Astral Inferior, mas os Exus de Trabalho tem um outro tipo de compromisso que é com a Banda do médium e para com a Casa a qual o médium está. Por isso respeitam o templo religioso e não induzem o médium a embriagues, algazarra ou a comportamentos chulos e deselegantes.

São espíritos de luz em busca de evolução. Que estão altamente compromissados com as esferas superiores, com os guias e protetores do médium e com toda a egrégora de luz da Casa na qual o médium está inserido. Trabalhando diretamente com esta egrégora eles auxiliam no combate e encaminhamento dos espíritos que são atraídos pela corrente de desobsessão do terreiro que fazem parte. A exemplo de Nossa Casa os Exus de Trabalho de cada médium participam diretamente dos trabalhos realizados pela Corrente de Desobsessão e Cura de Caboclo Pena Branca.

Entretanto, cabe lembrar, que o estágio evolutivo de Exu de Trabalho está abaixo de Caboclo e Pretos Velhos. Isso não significa que não sejam evoluídos apenas encontram-se num estágio abaixo. Sua energia é mais densa. Conseqüentemente a sua vibração ou energia de incorporação está mais próxima (ou mais similar) a vibração de terra, exigindo do médium um nível de elevação diferenciado do que quando vai incorporar um Caboclo ou Preto Velho ou até mesmo outro enviado de Orixá. Ou seja, quando o médium se prepara para a incorporação, ele tem que se concentrar e elevar a sua própria vibração, enquanto a entidade incorporante baixa a sua. Quanto mais evoluída for a entidade incorporante, mais sutil é a sua energia e mais exigirá do médium concentração e elevação para a incorporação.

Outro aspecto a ressaltar é que esse estágio evolutivo não impede Exu de trabalhar conjunta e harmoniosamente com entidades mais evoluídas, até porque além de trabalharem sob as suas ordens, ou seja, sob as ordens de enviados de Orixá, a questão “hierarquia” é muito bem resolvida no Astral Superior. Lá não existem “disputas” pelo “poder” ou se questiona quem “manda”. Todos estão conscientes de seus papéis e do trabalho que precisa ser realizado, além de trabalharem com um mesmo objetivo, a Caridade!

A palavra de ordem de Exu é “compromisso”! Por tudo isso ele não é e nem nunca foi traidor ou do “mal”.



sábado, 28 de janeiro de 2012

Os sete ensinamentos ciganos






1- FELICIDADE - um campo aberto, um luar, um violão, uma fogueira, o canto do sabiá e a magia de uma cigana.

2- ORGULHO - é saber que nunca participamos de guerras e nunca armamos para matar nossos semelhantes. Somos os menestréis da paz.

3- AMOR - amar é vivermos em comunidade, é repartir o pão, nossas alegrias e até nossas aflições.

4- LEALDADE - é não abandonar nossos irmãos quando precisam. É nunca negar o ombro amigo, a mão forte e o incentivo à vida.

5- RIQUEZA - é termos o suficiente para seguirmos pela estrada da vida.

6- NOBREZA - é fazermos da humilhação um incentivo ao perdão.

7- HUMILDADE - é não importar-se em ser súdito ou nobre, importar-se apenas em saber 
servir.



sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O Mal, O Remédio e a Cura



Podemos estar enganados quando achamos que a origem de nossos males está em nosso organismo físico ou nas coisas externas. A causa das doenças morais e físicas estão mais no íntimo de cada um do que propriamente no corpo material. Este último é sem dúvida o local onde se manifestam as doenças que têm também origens psíquicas, emocionais ou espirituais.

Tornou-se uma prática comum os médicos receitarem tranqüilizantes para pessoas que estão com sintomas que aparentemente têm como causa anomalias num órgão digestivo, cardíaco etc. Sabem estes profissionais que se faz necessário atacar a causa. Porém, uma vez constatado o mal, lutam de todas as formas para equilibrar o paciente, principalmente medicando o ser para que ele não sofra tanto até que seja sanada a raiz da enfermidade.

Temos no Centro Espírita fatos semelhantes ao que ocorre no cotidiano das clínicas médicas. Referimo-nos às doenças de ordem espiritual, emocional e a busca à Casa Espírita para solucionar estes males. Ao chegarmos ali, queremos que nos tirem, num espaço curto de tempo, o mal que estamos vivenciando. Nada mais natural, para quem está sentindo na “pele” dramas terríveis. Ocorre que neste processo terá que haver a conscientização do ser para que haja uma melhora verdadeira.

A Casa Espírita orienta com base na Codificação Kardecista, tendo o dever de assistir o necessitado levando-lhe a orientação. O esclarecimento é primordial para nos mantermos equilibrados. No entanto, outros meios deverão ser usados para o auxílio dos enfermos ou simplesmente para ajudar aqueles que ali vão buscar um fortalecimento.

O Passe, por exemplo, sempre foi um poderoso complemento, pois é o remédio que ataca o efeito, aliviando-nos até que seja curada a raiz do mal. Ocorre porém, que alguns se enganam ao pensar que ele é a única solução. E outros erram em querer eliminá-lo por achar que ele nem sempre é necessário. Trata-se de um dever da Casa Espírita orientar o público, mostrando o que é esta energia, para que serve, e quais seus benefícios.

E o espírita, deve tomar Passe? Conhecendo a realidade humana, torna-se difícil dizer se este ou aquele não precisa receber um fortalecimento fluídico. Por mais que nos esforcemos, estamos longe de ter o equilíbrio desejado. Se o passe pode nos recompor, por que deixá-lo de lado? Qual o motivo? Medo da mistificação? Do ritualismo? De criarmos “Papa-passes”? Isso tudo não existirá se fizermos com responsabilidade.

O Passe é usado há milênios e mesmo na época de Jesus não era novidade. O Mestre fez uso desta prática levando auxílio e curando a muitos. Allan Kardec em diversos trechos de sua obra se refere à importância da transmissão desta energia.

Façamos uso do remédio que nos alivia, conscientes de que a cura virá a partir do momento que atacarmos a causa de nossos males: a ignorância espiritual.

(Fonte: Jornal Boa Nova – Edição: 17 – Março – Abril – 1998)


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

OLHARES CUIDADOSOS



Certa senhora procurou o Chico com uma criança nos braços e lhe disse:

- Chico, meu filho nasceu surdo, mudo, cego e sem os dois braços. Agora está com uma doença nas pernas e os médicos querem amputar as duas para salvar a vida dele. Há uma resposta para mim no Espiritismo?

Foi com a intervenção de Emmanuel que a resposta veio:

- Chico, explique à nossa irmã que este nosso irmão em seus braços suicidou-se nas dez últimas encarnações e pediu, antes de nascer, que lhe fossem retiradas todas as possibilidades de se matar novamente. Mas, agora que está aproximadamente com cinco anos, procura um rio,um precipício para se atirar. Avise nossa irmã que os médicos amigos estão com a razão. As duas pernas dele vão ser amputadas, em seu próprio benefício, para que ele fique mais algum tempo na Terra, a fim de que diminua a ideia do suicídio.Retirado do livro “Chico, de Francisco”de Adelino Silveira

*****

Esse pequeno texto é para mim de um aprendizado ímpar. De forma muito simples, com uma impressionante lógica e com uma intensa amorosidade, Chico Xavier, sob a inspiração de Emmanuel, ensina que nada é por acaso e que não há motivos para revolta afinal, TUDO está sendo olhado, conduzido e direcionado por um Plano Superior, TUDO é reação de nossas próprias ações, TUDO é para nossa melhora, entendimento e crescimento.

Aquilo que achamos que são dores, são, na verdade, “Olhares Cuidadosos do Divino”, são “Necessidades” que irão fazer com que cresçamos espiritualmente e emocionalmente.

Com esse pensar, chego à conclusão que devemos usar constantemente algumas palavras ao escrevermos nossa história de vida, que são: aceitação, confiança e atitude.
Entendo aceitação como uma ponte que leva à transformação. Não é desistir, nem tão pouco resignar-se, é estar lúcido do momento presente e consciente das possibilidades do passado. É estar convicto da Lei da Ação e Reação e da Lei Divina. Alias, é com aceitação que adquiriremos outros olhares e afrouxaremos as amarras da vida, o peso da verdade absoluta e as resistências.

É com ela que abriremos a mente e o coração, que ouviremos uma voz dizendo algo parecido com “há outra verdade, há algo Além, há outra possibilidade. Não se feche, não desista, não resista, não reduza sua vida ao seu querer”.

Confiança soa para mim como algo verdadeiro, sem mistério, claro e lúcido, que assegura, tranquiliza e garante. Confiar em algo ou em alguém é necessário para melhor entender a vida, para melhor vivenciar a Fé. Percebam, o tamanho da confiança é o tamanho da Fé, que consequentemente será a intensidade da “entrega”.

Confiar é para aqueles que conversam com Deus e que ouvem Sua resposta sem ao menos escutar Sua voz. Confiar está no ato de transcender, de se entregar, de falar com Deus.

Agora, Atitude… Atitude é respirar, é vibrar, é fazer, é crer.

É não olhar para trás para lamentar, mas é olhar para frente para transformar, para fazer diferente, para fazer a diferença, para fazer e viver.

Atitude não alimenta a dor, mas transforma-a em experiência e oportunidade.

Atitude não desiste e sim, persiste.

É… Com aceitação, confiança e atitude não temos o que lamentar ou reclamar, mesmo porque, estamos sendo assistidos e conduzidos por Forças Divinas poderosíssimas. Mesmo naqueles momentos de aflição ou de dor, as Forças Divinas lá estarão.

É nisso que eu acredito. E você???


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

AS LIÇÕES QUE APRENDI COM O LÁPIS




É tempo de escrevermos uma nova história

Certa vez, alguém, bem inspirado, disse que a vida é um eterno aprendizado, no qual os dias sempre surgem como a oportunidade de aprendermos novas lições. Nestes dias, por exemplo, tenho sido particularmente sugerido por alguns ensinamentos do lápis. Inicialmente, fiquei fascinado com uma frase de Madre Teresa de Calcutá, que olhando para sua vocação, conclui: “Não sou nada, senão um instrumento, um pequeno lápis nas mãos do meu Senhor, com o qual Ele escreve aquilo que deseja”. Quando me deparei diante desse fragmento, fiquei surpreso por encontrar tantas lições veladas em um simples objeto, lições importantes que, se bem aprendidas, nos sugerem uma gama de significados para a nossa vida, nossa história, nossa vocação.

Não gostaria de ser metódico ao discorrer sobre os ensinamentos apresentados pelo lápis, contudo, penso que inevitavelmente o serei, pelo desejo de juntos explorarmos sua riqueza, tal como o garimpeiro se dispõe quando encontra uma mina. Com o lápis aprendemos, primeiro: a lição da confiança e do abandono em Deus. Ele nos sugere que podemos fazer grandes coisas, mas não devemos nos esquecer de que existe uma Mão que guia nossos passos, uma Mão que deseja nos conduzir. É preciso nos submetermos a essa Mão, deixando-nos ser conduzidos e orientados por ela, ainda que não seja do modo como gostaríamos que fosse. Um lápis, sem uma mão que o tome e o oriente, não tem muito sentido.


A segunda lição: na vida da gente, depois de algum tempo tempo, precisamos ser apontados.Passar pelo apontador não deve ser muito agradável ao lápis, mas para que a ponta fique evidente e apropriada para a escrita, ele precisa se deixar cortar. E deixar-se "cortar na carne". É bem verdade que temos medo do "apontador", e isso acontece porque sabemos que afiar a ponta significa quase sempre cortar excessos, aparar o que está sobrando, tirar o que não precisamos mais, e isso é muito difícil, embora seja necessário para o nosso crescimento. A beleza escondida nessa lição nos leva a uma terceira: ao passar pelo apontador, o lápis foi cortado em sua parte externa, mas também em seu interior
. O grafite também foi modelado, renovado. Passou por um processo educador, porque educar, ex-ducere, quer dizer, em latim, "evocar a verdade"; tirar, extrair, trazer para fora o novo. O que realmente importa no lápis, não é simplesmente a madeira ou seu aspecto externo, mas sobretudo, o grafite que está dentro. Para que a escrita fique perfeita, a ponta precisa ser feita por inteiro, daí a importância do cuidado com aquilo que acontece em nosso interior.

A quarta lição: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. A necessidade da borracha nos faz abandonar atitudes e vícios, nos faz mudar comportamentos, mentalidade, convicções... E nos faz olhar em outras direções, pedir perdão, voltar atrás, recomeçar, superar o egoísmo e a autossuficiência. É interessante como, de um modo admirável, o lápis nos ensina a necessidade que temos da "borracha" quando estamos diante do erro.

Finalmente, a quinta lição é que o lápis sempre deixa uma marca. Tudo o que fazemos, de algum modo, marca as pessoas, e marca, sobretudo, nós mesmos. A qualidade dessas marcas sempre resulta das escolhas que fazemos diante daquelas outras lições. É preciso deixar as boas marcas para as quais o lápis foi gerado. Se ainda não as [boas marcas] deixamos, é tempo de recomeçar. É tempo de escrevermos uma nova história. É preciso, tal como o lápis, nos abandonarmos. O tempo é agora. O tempo é neste dia que se chama HOJE. Um Bom Mestre está sentado à mesa e à Sua frente há um lápis, um apontador, uma borracha e uma folha em branco assinada. Ele olha para a folha, toma o lápis em Sua Mão e concorda com Santo Agostinho dizendo: “Ter fé, isto é, se abandonar, é assinar uma folha em branco e deixar que Deus escreva nela com o lápis da nossa vida o que quiser”.


Seu irmão,

domingo, 22 de janeiro de 2012

CAUSAS,EFEITOS,CARMA...



Porque será parece que carma virou explicação para todo problema, toda situação triste ou infeliz na vida das pessoas? Mas, quem é esse tal de carma? De onde ele vem?

Inicialmente, é importante entender, que não devemos nos prender demais ao conceito de carma. Quando se usa o termo carma, há uma conotação de fatalidade, enquanto que espiritualidade enfatiza a possibilidade de minimizar ou até eliminar as ocorrências de sofrimento, mediante uma ação positiva no bem.

Carma, meus irmãos, ao invés de ser um castigo como muitos pensam, é sinônimo de reequilíbrio.

E a vida material é a maravilhosa e insubstituível escola que possibilita que aprendamos e tomemos consciência das nossas atitudes erradas nestas e em vidas pretéritas.

Mas como é que o carma aparece? Do nada? Em um passe de mágica?

Não! O Princípio do Livre Arbítrio dá ao homem o direito de escolher seus caminhos, de ser o autor de sua história, o construtor do seu destino. Entretanto, o Princípio de Causa e Efeito, Plantação e Colheita, torna o homem refém de seus atos, das suas escolhas.

Nós construimos nosso carma, no exercício do nosso livre arbítrio, na escolha de nossas opções.

E optar, não é o que sempre estamos fazendo? Ajudo ou prejudico? Cuido da minha saúde ou me vicio em drogas? Sou amigo ou inimigo? Prego a paz ou fico criando intrigas? Elogio ou critico? Trabalho ou fico ocioso? Construo ou quebro? São as nossas escolhas! Nossas decisões!

Uma coisa é FATO...Nós, somos os únicos responsáveis pela escolha do nosso caminho. O problema, é que, após a escolha, temos que trilhar pelo caminho escolhido!

Útil, não é necessariamente aquele que quando está na erraticidade, solicita reencarnar como um deficiente, para purgar atitudes equivocadas. Muito mais importante é aquele que procura, quando está encarnado, adquirir condições para, na próxima vez, reencarnar perfeito, para auxiliar, construtivamente, os seus irmãos. A expiação, muitas vezes, por conta de uma visão distorcida, soa como castigo divino, mas, sabemos e devemos demonstrar pelo exemplo, que as deformidades físicas não estão punindo, mas eliminando as deformidades perispirituais, que causamos anteriormente.

Podemos atenuar, ou mesmo eliminar, as situações cármicas? ... SIM, POR ATO DE AMOR...Cabe a nós demonstrarmos “que o amor cobre uma multidão de pecados”.

As pessoas quando enfrentam uma situação difícil, seja ela: física, financeira ou psicológica e que não sabem, não conseguem, nem desejam modificá-la, enfrentando-a, costumam dizer:

- Não posso mudar. É meu carma. Eu sou assim!

Essa é a famosa anestesia da consciência!...É o chamado complexo de Gabriela! Sabem aquela música? Eu nasci assim, eu cresci assim, eu vivi assim…E com isso, tenta esquecer que a sua obrigação é MUDAR...PROGREDIR!

Dentro desta verdade Divina, não existe o perdão de Deus, pois recebemos segundo o que obramos, ou seja, segundo o que fizermos. Que fique claro que DEUS NÃO NOS CRIOU PARA NOS PUNIR!

Deus é amor… e o Carma não é punição Divina: é consequência retificadora. Considerando que a Lei de Causa e Efeito, é uma Lei Divina, e que as Leis Divinas foram escritas por Deus, conclui-se que:

“Na natureza não há prêmios ou castigos. Há consequências!”

A falsa noção de carma inflexível nos conduz a dois grandes erros. Um é que a espiritualidade prega ou endossa a necessidade da dor; isto não é verdade. A dor seria uma necessidade, se a espiritualidade pregasse que todos deveríamos ser um grupo de masoquistas! O que o mundo espiritual demonstra com clareza, é a utilidade da dor, quando persistimos no egoísmo, no orgulho, na vaidade e demais defeitos lesivos à comunhão de solidariedade com os semelhantes. 

O outro erro é a crença nas leis espirituais, aconselha o conformismo diante da “má sorte”; isso também não é correto; o que ela ensina é a resignação, atitude bastante diferente, adequada para nos fazer aceitar sem desespero aquilo que não podemos mudar. Compreendamos o carma, como espécie de conta corrente das ações que praticamos no Banco deste mundo, onde há séculos caminhamos endividados, cadastrados no SPC da vida, pela constante emissão de cheques sem os necessários fundos de bondade, caridade, amor, etc…

Resgatemos nosso débito, limpemos o nosso nome do SPC, emitindo cheques com a devida provisão de fundos e isso é possível, através da prestação de serviços de caridade ao próximo, e estejamos convencidos de que, desta forma, tanto economizaremos lágrimas, como conquistaremos um bom saldo de felicidade!

“Aquele que muito amou foi perdoado, não aquele que muito sofreu”.

O amor é que cobriu, isto é, resgatou a multidão de pecados, não a punição ou castigo. Transformar ações, amando, é alterar nosso carma para melhor, atraindo pessoas e situações harmoniosas para junto da gente. É, em última instância, a nossa indispensável e indelegável reforma íntima! Nós decidimos, nós plantamos e nós colhemos! Nossa vida é simplesmente o reflexo das nossas ações. Se, queremos mais amor no mundo, criemos mais amor no nosso coração. Se, queremos mais tolerância das pessoas, sejamos mais tolerantes.
Se, queremos mais alegria no mundo, sejamos mais alegres.

Nossa vida não é uma sucessão de coincidências, de acasos, nossa vida é a simples consequência de nós mesmos!!!


Fonte: CEE Vó Maria

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

ALTAR NA UMBANDA - CONGÁ





Nos últimos dias, tenho ouvido muita gente perguntar qual a finalidade do Altar, o nosso Congá. O porque as imagens estão dispostos daquela maneira e se tem algum significado em especial....Pois para aqueles que não sabem, eu digo SIMMMM...todo Congá de toda casa, tem um significado especial...

O Altar é o lugar onde são colocadas as Imagens, assentamentos, Ferramentas, Pedras e Minerais dos Orixás e falanges. É ele o centro da imantação de um templo, pois é dali que emanam todas as Vibrações através de seus imãs.
A parte onde são colocados os imãs é fechada, pois eles não podem ficar a mostra. Tocar nos imãs ou assentamentos só é permitido ao Babá, pois a ele pertence e somente no caso de algum problema com ele poderão ser tocados pela Mãe ou Pai pequeno.
Os assentamentos do Congá têm que ser limpos periodicamente. Os filhos de santo da casa têm obrigação de saldar este altar antes de começar o ritual e no seu término. Aos visitantes e consulentes a saudação só pode ser feita caso lhes tenha sido dada autorização.
Das extremidades do altar é que partem as vibrações para a corrente mediúnica.

SOBRE O CONGÁ

Ao chegarmos em um Templo de Umbanda, lugar sagrado onde a Espiritualidade se manifesta para bem e fielmente cumprir o que lhe é designado pelo Pai Maior (Tupã, Zambi, Olorum, Deus), via de regra observamos na posição frontal posterior do salão de trabalhos mediúnico-espirituais um ou mais objetos litúrgicos (cruz, imagens, símbolos, velas etc.), dispostos de modo bem visível e que despertam a atenção dos que ali se fazem presentes.
A este espaço especificamente destinado a recepcionar um conjunto de peças litúrgico magísticas, afixadas sobre certas bases, na Umbanda nomeamos de Conga (Jacutá - Altar- Pegi).
Um grande número de pessoas pertencentes a outros segmentos religiosos ou seitas, não conhecendo os fundamentos através dos quais a Umbanda se movimenta, o definem como sendo um local de idolatria e fetiches desnecessários. Já uma parte da coletividade Umbandista, mais preocupada com a forma de apresentação do que com a essência, também não têm noção do quão importante é o Conga para as atividades do Terreiro, notadamente em seus aspectos Esotéricos e Exotéricos.
Não queremos dizer com a citação de tais palavras que exista Umbanda Exotérica e Umbanda Esotérica. Umbanda é Umbanda e só, sem os designativos que infelizmente estamos acostumados a ouvir, produto da vaidade e do modismo de alguns. O que existem sim é exoterismo e esoterismo dentro da ritualística umbandista, e isto são notórios para aqueles que observam com atenção os trabalhos de terreiro.
Feitas estas considerações preliminares, comecemos por esclarecer que, embora os dois termos retrocitados (Exotérico - Esotérico) sejam pronunciadas da mesma forma (homofonia - mesma sonorização), ambas possuem significados apostos, diferentes.
Diz-se Esotérico (Eso = Interno, velado, oculto) a todo o objeto, fato, ato, informação ou procedimento, cuja significação somente é acessível a uma plêiade de pessoas, que por outorga espiritual e/ou sacerdotal alcançaram tal conhecimento.
Sua publicidade é velada, pelo menos a priori.
Conceitua-se Exotérico (Exo = Externo, aberto) a todo o objeto, fato, ato, informação ou procedimento, cuja significação é de conhecimento geral, alcançando a todos, de forma ostensiva, pública, vale dizer, sem nenhuma restrição quanto a sua razão de ser.
A nível Exotérico, o Congá funciona como ponto de referência ou lugar de intermediação ou fixação psíquica, para o qual são direcionadas ondas mentais na forma de preces, rogativas, agradecimentos, meditações etc.
É sabido que as instituições umbandistas recebem pessoas dos mais diferentes degraus evolucionais, umas dispensando instrumentos materiais para elevarem seus pensamentos ao plano invisível, e outras tantas, a maioria, necessitando de elos tangíveis de ligação para concentração, afloramento, e direcionamento do teor mental das mesmas.
No quesito Sugestibilidade, o Conga, por sua arrumação, beleza, luminosidade, vibração etc., estimula médiuns e assistentes a elevarem seu padrão vibratório e a serem envolvidas por feixes cristalinos de paz, amor, caridade e fraternidade, emanados pela Espiritualidade Superior atuante.
Também é através do Conga que muitas pessoas que adentram pela primeira vez em um templo umbandista conseguem identificar de pronto quais forças que coordenam os trabalhos realizados. Para os não-umbandistas, como é saudável e balsâmico visualizar uma imagem representativa de Jesus, posicionada em destaque, como que os convidando a fazerem parte desta grande obra de caridade que é a Umbanda.
Sim amigos leitores, a Umbanda é uma religião inteligentemente estruturada pela Divina Espiritualidade.
Enquanto algumas religiões vaidosamente insistem em ficar em seus pedestais, fazendo apologias e proselitismos em causa própria, ora se intitulando como sendo o consolador prometido, ora como a única igreja de Deus, sem se importarem com os diferentes níveis de consciências encarnadas, a Umbanda, assim como Jesus, se integra as multidões, acolhendo a todos, sem distinção alguma, sem catequizar ou bitolar doutrinariamente ninguém. Religião é isto: é atender a todas as classes sociais, econômicas, religiosas, étnicas e consciências, atingindo-as, amparando-as e respeitando as diversas faixas espírito-evolutivo.
Passemos a falar do aspecto Esotérico do Congá. E o faremos de maneira parcial, uma vez que não é nossa finalidade “pescar” para ninguém, mas tão somente estimular o estudo e uma maior habitualidade de raciocínio no que diz respeito a temas de fundamento dentro da Umbanda, a fim de termos médiuns mais bem preparados e aptos a dignificarem nossa sagrada religião.
Imaginem uma Usina de Força. Assim ‘e o Templo Umbandista. Agora imaginem esta usina com três ou mais núcleos de força, cada qual com uma ou mais funções neste espaço de caridade.
Pois bem, o Conga é um deste núcleos de força, em atividade constante, agindo como centro Atrator, condensador, Escoador, Expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e níveis de energia e magnetismo.
‘E Atrator porque atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o terreiro, numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer positivos ou negativos.
É Condensador, na medida em que tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, num complexo influxo de cargas positivas e negativas, produto da psicoesfera dos presentes.
É Escoador, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio-terra (pára-raio) comprime miasmas e cargas magneto-negativas e as descarrega para a Mãe-Terra, num potente efluxo eletromagnético.
É Expansor, pois que, condensando as ondas ou feixes de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e asistência, os potencializa e devolve para os presentes, num complexo e eficaz fluxo e refluxo de eletromagnetismo positivo.
É Transformador no sentido de que, em alguns casos e sob determinados limites, funciona como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados, ao ambiente de caridade.
É Alimentador, pelo fato de ser um dos pontos do terreiro a receberem continuamente uma variedade de fluidos astrais, que além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o combustível principal para as atividades do Congá (Núcleo de Força).
Não, irmãos umbandistas, o Congá não é mero enfeite; tão pouco se constitui num aglomerado de símbolos afixados de forma aleatória, atendendo a vaidade de uns e o devaneio de outros. Congá dentro dos Templos Umbandistas sérios tem fundamento, tem sua razão de ser, pois que pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sob a supervisão dos mentores de Aruanda.

Fonte: Umbanda Caminho da Fé

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

PRECE DE CARITAS




A prece, denominada De Cáritas, tem sido querida e contritamente orada por várias gerações de espíritas.

CÁRITAS era um espírito que se comunicava através de uma das grandes médiuns de sua época - Mme. W. Krell - em um grupo de Bordeaux (França), sendo ela uma das maiores psicografas da História do Espiritismo, em especial por transmitir poesia (que se constitui no ácido da psicografia), da lavra de Lamartine, André Chénier, Saint-Beuve e Alfred de Musset, além do próprio Edgard Allan Poe. Na prosa, recebeu ela mensagens de O Espírito da Verdade, Dumas, Larcordaire, Lamennais, Pascal, e dos gregos Ésopo e Fenelon.

A prece de Cáritas foi psicografada na noite de Natal, 25 de dezembro, do ano de 1873, ditada pela suave Cáritas, de quem são, ainda, as comunicações: "Como servir a religião espiritual"e "A esmola espiritual".

Todas as mensagens que Mme. W. Krell psicografada em transe, e, que chegaram até n;os, encontram-se no livro Rayonnements de la Vie Spirituelle, publicado em maio de 1875 em Bordeaux, inclusive, o próprio texto em francês (como foi transmitido) da Prece de Cáritas.



Deus, nosso Pai, que sois todo Poder e Bondade, dai a força àquele que passa pela provação, dai a luz àquele que procura a verdade; ponde no coração do homem a compaixão e a caridade!

Deus, Dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.

Pai, Dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, e ao órfão o pai!

Senhor, que a Vossa Bondade se estenda sobre tudo o que criastes. Piedade, Senhor, para aquele que vos não conhece, esperança para aquele que sofre. Que a Vossa Bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda a parte, a paz, a esperança, a fé.

Deus! Um raio, uma faísca do Vosso Amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão.

E um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor.

Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, oh Poder!, oh Bondade!, oh Beleza!, oh Perfeição!, e queremos de alguma sorte merecer a Vossa Divina Misericórdia.

Deus, dai-nos a força para ajudar o progresso, afim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa Divina e Santa Imagem.

Assim Seja.



AMÉM

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

CONHECENDO A UMBANDA




Axé pessoal! Acredito que para conhecermos minimamente nossa religião precisamos saber como ela é 
estruturada no astral, como ela é estruturada espiritualmente e como ela responde as questões sobre a morte, ou seja, a Vida após a vida.

Portanto, precisamos saber como ‘é’ e como ‘acontece’ tudo isso na Umbanda.

Em primeiro lugar, na Umbanda não existe umbral ou colônias, como conhecemos na doutrina kardecista ou céu e inferno, como prega a religião católica.

Na Umbanda o astral se divide em FAIXAS VIBRATÓRIAS POSITIVAS que acolhem os espíritos em processo de ascensão espiritual, que são os espíritos virtuosos. E FAIXAS VIBRATÓRIAS NEGATIVAS que acolhem os espíritos em queda, que são os espíritos viciados e desequilibrados emocionalmente.

São 7 faixas superiores e 7 inferiores; 7 à direita e 7 à esquerda, que se subdividem em mais vezes formando sub-faixas capazes de afinizarem mais facilmente todos os espíritos atraídos pela religião Umbanda.

Nas sete faixas superiores encontramos os Guias Espirituais que se dividem devido suas afinidades em Linhas – nesse caso encontramos as linhas de preto-velhos, caboclos, boiadeiros, baianos e assim por diante. Dentro desse contexto de Linha, formam-se Falanges por questões de atração. Forma-se então, dentro da Linha de Caboclos a Falange de Caboclo Pena Branca, Falange de Caboclo Sete Flechas, Falange de Caboclo Araribóia e assim por diante. Nessas Falanges específicas agrupam-se centenas de espíritos que se manifestam de forma similar, por exemplo os Caboclos Pena Branca têm como característica comum serem doutrinadores.

As sete faixas inferiores são as faixas vibratórias negativas e são nelas que se encontram os espíritos sofredores, eguns, quiumbas e magos negros, que compõem o Baixo Astral de nossa Umbanda.

Rapidamente irei pontuar algumas características desses espíritos que vibram de forma negativa, mas é importante estudar mais, ler mais e não parar de aprender sobre Eles e suas formas de agirem, afinal Eles se mantêm continuamente ativos, continuamente se especializando e continuamente se preparando para agirem em qualquer momento e em qualquer situação.(trechos transcritos da apostila que pertence ao estudo“Cura, Encaminhamento e Descarrego na Umbanda”,ministrado no Centro de Umbanda Carismática)



SOFREDORES
São espíritos desencarnados que: 





Caíram nos pólos negativos por suas próprias vibrações mentais e emocionais negativas, como o apego ao material ou ao ente querido ainda encarnado;
Sofrem por medo, pois muitas vezes não reconhecem seu estado de desencarnados, ou por dor. Em alguns casos, o desencarne foi rápido e doloroso, e não conseguem se livrar da sensação de dor e medo.
Geram apegos, dores, doenças, tristezas, depressão.

São espíritos que aceitam a doutrinação, a cura e o encaminhamento facilmente, sem nenhuma resistência, precisando somente de oportunidade. Não são maldosos conscientemente – prejudicam sim, mas por apego, não percebendo que os mais prejudicados são eles mesmos. Estão ainda na faixa vibratória neutra.



EGUNS
São espíritos desencarnados que:


Por vinganças pessoais que carregam em seus mentais por muitos anos, desde encarnações passadas, atacam seus “inimigos encarnados” de forma contínua. Às vezes estão sozinhos e atuam continuamente e especificamente até conseguirem seus objetivos. Outras vezes se unem a outros eguns formando um grupo de ‘egunguns’ que mantêm o propósito original: a destruição de determinada pessoa. Nesse caso a ação de encaminhamento é consideravelmente mais difícil, requer muito mais atenção e consciência, pois o tratamento é longo, e também porque proporciona o ‘sobe e desce’ na vida da pessoa atuada por eles.
Existe também aqueles espíritos que há muito tempo perderam sua consciência divina perante as leis da fé, do amor e da vida. Encontram-se completamente vazios e ocos em seus mentais, para eles nada mais importa… Esses espíritos vagam como zumbis e acabam sendo alvos fáceis para aqueles que lideram negativamente no baixo astral, ou seja, muitas vezes se tornam escravos de outros espíritos negativos com maior capacidade de domínio se tornando então vítimas.

Esses espíritos estão perdidos no tempo, muitas vezes soltos e sem nenhum entendimento sobre Lei de Ação e Reação ou da Lei Divina. A doutrinação é mais difícil, pois ficam localizados na sua grande maioria, “no meio” das setes faixas vibratórias (no caos).



QUIUMBAS:
São espíritos desencarnados que:


São evoluídos e conscientes de seus poderes e capacidades negativas. São os grandes líderes do mal, muitas vezes são esses espíritos que são ativados na magia negra.
No entanto, o grande propósito desses espíritos é atacar médiuns e centros religiosos atingindo e envolvendo a fé das pessoas. Eles têm como propósito grandes destruições, afetam diretamente o mental do médium e em pouco tempo dominam a vida desta pessoa, levando-a a destruição total, principalmente espiritual. Essa capacidade de ataque mental somente os mais evoluídos conseguem atingir (mesmo que negativamente).
Vale ressaltar que algumas vezes os quiumbas desconhecem que são escravos dos grandes Magos Negros, espíritos que conquistaram seus tronos nas mais inferiores faixas e que possuem grandes exércitos.

Os quiumbas são espíritos localizados nas faixas vibratórias mais densas e negativas, sendo quase impossível sua doutrinação.



Gosto muito do livro “Aconteceu na Casa Espírita” de Emanuel Cristiano ditado pelo espírito Nora, que mostra claramente algumas atuações de quiumbas à um Centro. Aliás, é um livro que, além de gostar, RECOMENDO sua leitura a todos os médiuns para que tenham uma noção sobre a ação do Baixo Astral em suas vidas e de qualquer Centro.

Tenho certeza da grandeza e da importância dessa obra, portanto não percam essa oportunidade. Inclusive, no texto “Você está atento???” postado dia 18 de agosto 2010 aqui no blog ( link:http://www.minhaumbanda.com.br/2010/08/18/voce-esta-atento/ ) vocês encontrarão uma pequena parte desse livro que transcrevi para ilustrar as ações desses espíritos.

Com essas colocações já conseguimos entender um pouco sobre a estrutura astral da Umbanda e sua estrutura espiritual.

Agora, como ela responde as questões sobre a morte, acredito que não é novidade para ninguém: a Umbanda acredita em reencarnação, em Ação e Reação, em Merecimento, em Ordem e Lei Divina, em Vida após a vida. Afinal:

A Umbanda acredita que somos seres espirituais vivenciando uma experiência na matéria e não seres materiais vivenciando a vida espiritual

Fonte: Minha Umbanda

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Confusão e Sincretismo




O fenômeno do sincretismo religioso ainda é uma realidade no meio umbandista atual. Na verdade o comum é vermos os altares de nossos Terreiros tomados por imagens de Santos católicos e até mesmo deuses hindus e personalidade de outros sistemas filo-religiosos, como é o caso do Dr. Bezerra de Menezes.

Neste artigo, porém, vamos nos ater somente à questão do sincretismo afro-católico, que é o mais presente em nosso meio. Com a vinda dos negros escravos para o Brasil, com ele vieram suas tradições e crenças religiosas, sendo que proibidos pelos senhores-de-engenho de cultuarem seus deuses e sob a pressão dos padres católicos em convertê-los à religião católica, os negros adaptaram-se à situação. Observando as características atribuídas aos Santos católicos ensinadas pelos catequistas, identificaram nelas traços de seus próprios Orixás, relacionando uns aos outros.

Assim, então, o Orixá Ogum “transformou-se” em São Jorge, Oxossi em São Sebastião, Oxalá em Jesus Cristo e assim por diante. Dentro das senzalas, armavam altares com imagem de santos católicos, mas atrás destes haviam os “otás”, elementos que representavam seus Orixás que, na realidade, eram os verdadeiros motivos de culto para os negros escravos. Com uma fachada externa que levava os Senhores-de-Engenho e seus feitores a acreditarem que os escravos haviam se convertido ao cristianismo, tinha ele a liberdade de honrarem suas Tradições e crenças sem serem importunados ou castigados.

Vemos, portanto, que o sincretismo religioso surgiu da necessidade de adaptação dos negros para fugirem das proibições de seus senhores brancos. Mas, e hoje, temos necessidade disto? A resposta, infelizmente, não é tão simples… Alguns estudiosos poderiam se apressar em responder que não necessitamos mais do sincretismo, visto que vivemos em um país livre e democrático que garante nossa liberdade de religião. Outros poderiam dizer que o sincretismo é um traço cultural que deve ser preservado.

Em verdade ao analisarmos profundamente o sincretismo religioso, chegamos a conclusão que, teologicamente, o mesmo não faz sentido. Porquê? Pelo simples fato que os Orixás, como forças espirituais, sempre existiram, ou sejam não passara a “existir” quando do surgimento da Igreja Católica e de seus Santos.

Para deixar este ponto de vista mais claro, façamos uma pequena analogia: A) Levando-se em conta que São Sebastião viveu por volta do ano 250 D.C, a linha ou vibração de Oxossi teria menos de 1.800 anos, ou seja, só teria passado a existir com a morte e conseqüente canonização do legionário romano. B) São Jerônimo viveu de 347 DC a 420 DC, portanto a linha ou vibração de Xangô teria menos de 1.600 anos. C) São Lázaro, contemporâneo de São João Batista, que viveu entre os anos 5 e 28 DC, o que faria a linha ou vibração de Yorimá (Pretos-Velhos, Obaluaye) tivesse menos de 1975 anos. Baseados nisto, vemos que seria impossível que as sete linhas de Umbanda fossem sendo criadas aos poucos, dependendo da morte e posterior canonização dos Santos da Igreja romana.

Por outro lado, na visão prática, o sincretismo religioso ainda é necessário, apesar, de como já dissemos, não ter sentido teologicamente falando. Acontece que a Umbanda abarca vários graus de consciência, abraçando tanto o intelectual, quanto o analfabeto. Diante de nossas Tradições de origem judaico-cristã, o Astral Superior permite o uso de imagens para que os mais simples, culturalmente falando, possam identificar as características dos Orixás nos Santos católicos, fazendo com que suas imagens sejam pontos de concentração e referência dos fiéis. Acreditamos que com o passar do tempo e a evolução espiritual das humanas criaturas, estes artifícios utilizados pelo Astral Superior não serão mais necessários, visto que os véus que encobrem o entendimento pleno das coisas espirituais cairá completamente.

MAS EXISTE MUITA CONFUSÃO E CONTROVERSIA DEIXANDO O TEMA A DEPENDER DA FÉ DE CADA UM QUE PODERÁ OPTAR POR UMA ESCOLHA. NA UMBANDA ASTROLOGICA TENTO OUVIR A VOZ DA RAZAO PELA SEMELHANÇA DOS SANTOS COM OS ORIXAS EM MUITOS ASPECTOS, POR ISSO AO USAR O SINCRETISMO USO AS SEGUINTES CORRELAÇÕES:
OGUM/SAO JORGE - OXOSSI/SAO SEBASTIAO - IEMANJA/NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES - OXUM/NOSSA SENHORA DA CONCEIÇAO - OMULU/SAO LAZARO - OBALUAE/SAO ROQUE - IANSA/SANTA BARBARA - EUA/SANTA LUZIA -OXUMARE/SAO BARTOLOMEU - XANGO/SAO JOAO BATISTA - OSSAIM/SAO BENEDITO - NANA/ SANTA ANA - sendo estes os mais cultuados
.

A Umbanda, uma religião de muitas tradições, ainda hoje é vista com maus olhos por algumas pessoas. Umbanda é uma religião de fé e caridade, aonde a primeira lei é: Ame ao teu próximo como se fosse tu mesmo.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Liberdade e Identidade Religiosa

Declaração Universal dos Direitos Humanos



ARTIGO 18.º
Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.


Sou UMBANDISTA para quem quer escutar.


Sou UMBANDISTA de corpo e alma.


Sou UMBANDISTA para fazer a caridade em todos os níveis.


Sou UMBANDISTA porque creio em DEUS que é nosso Pai único.


Sou UMBANDISTA porque acredito na UMBANDA e seus fundamentos.


Sou UMBANDISTA porque creio nos ORIXAS que irradia luz para todos.


Sou UMBANDISTA porque creio nas entidades da Umbanda que nos protege e nos ensina o caminho do bem e da luz.


Sou UMBANDISTA porque creio na missão do bem e da luz para todos.


Sou UMBANDISTA porque creio na minha transformação interior para me melhorar cada vez mais.


Sou UMBANDISTA porque creio num mundo melhor.


Ser UMBANDISTA é estar verdadeiramente buscando a luz ,o bem ,a sinceridade,a paciência,a caridade e principalmente o AMOR.


Todos nós Umbandistas devemos ser verdadeiramente...


UMBANDISTAS.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

ORAÇÃO DOS ORIXÁS




Não direi mais "não posso", 


pois Ogum me trará a persistência, determinação e tenacidade para conseguir.

Não direi mais "não tenho", 

pois Oxossi me dará a energia vital para trabalhar e obter.

Não direi mais "não tenho fé", 

porque Omulu me ensinará a compreender e aceitar meu karma.

Não direi mais "sou fraco", 

porque Oxum me trará equilíbrio emocional,
Iemanjá a auto-estima e
Iansã clareza de raciocínio para que eu entenda as minhas limitações.

Não direi mais "não sei", 

pois Xangô me trará o conhecimento, para que eu o use com discernimento e justiça.

Não direi mais "estou derrotado", 
porque aprendi com cada entidade da Umbanda que nada supera a força de sermos filhos de Deus.

Não direi mais "estou perdido",
pois encontrei a Umbanda, que com a luz do amor e da caridade,
iluminou minha alma e me deu um caminho...


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A TRISTEZA DOS ORIXÁS




Foi não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu. Contada aqui de uma forma romanceada, mas que traz em sua essência, uma verdadeira mensagem para os umbandistas.
Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pêlos do corpo. Realmente o Sol tinha se escondido nesse dia, e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios, brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás.
Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das "guerras", saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu-se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram-se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso.
Iemanjá que tem nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe "coruja" quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração:
- Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo? - ralhou Iemanjá, com aquele tom típico de contrariedade.

- Desculpe, sabe, ando meio ocupado - Respondeu um triste Ogum.
- Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste.
- É, vim até aqui para "desabafar" com você "mãeinha". Estou cansado! Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome. Estou cansado com o que eles fazem com a “espada da Lei" que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito mais cansado das "supostas" demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles... Estou cansado...
Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto. Ele chorava. Chorava uma dor que carregava há tempos. Chorava por ser tão mal compreendido pelos filhos de Umbanda.
Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava. E, se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria Vida, por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos de fé. Não! Ogum amava a humanidade, amava a Vida.
Mas infelizmente suas atribuições não eram realmente entendidas. As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego, e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não vinham nele à potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não viam em sua lança, a direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna.
Não! Infelizmente ele era entendido como o "Orixá da Guerra", um homem impiedoso que se utiliza de sua espada para resolver qualquer situação. E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer-se dos trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizaram "quebras e cortes" de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muitas vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um. E mais, normalmente, tudo isso se torna uma guerra de vaidade, um show "pirotécnico" de forças ocultas. Muita "espada", muito "tridente", muitas "armas", pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual.
Isso magoava Ogum. Como magoava:
- Ah, filhos de Umbanda, por que vocês esquecem que Umbanda é pura e simplesmente amor e caridade? A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olorum. Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá-la com a mão esquerda da soberbia, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando-a em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição.
Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida. E totalmente nu ficou frente à Iemanjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado...
Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Tatá Omulu apareceu. E por incrível que pareça o mesmo aconteceu. Ele não agüentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra Ela. Magoava-se por sua falange da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam ser tão temida e mal compreendida pelos homens.
Ele também deixou sua falange aos pés de Iemanjá, e retirou seu manto escuro como a noite. Logo se via o mais lindo dos Orixás, aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que se irradia de todo seu ser. A luz que cura, a luz que pacifica, aquela que recolhe todas as almas que se perderam na senda do Criador. Infelizmente os filhos de fé esquecem-se disso...
Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite. E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir suas vestimentas sagradas, além de deixarem ao pé de Iemanjá suas armas e ferramentas simbólicas. 
Faziam isso em respeito a Ogum e Omulu, dois Orixás muito mal compreendidos pelos umbandistas. Faziam isso por si próprio. Iansã queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Olorum, que espalha as sementes de luz do seu amor. Oxossi queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas de conhecimento, rasga as trevas da ignorância. Egunitá apagou seu fogo encantador, afinal, ninguém se lembrava da chama que intensifica a fé e a espiritualidade. Apenas daquele que devora e destrói. Os vícios dos outros, é claro.
Um a um, todos foram despindo-se e pensando quanto os filhos de Umbanda compreendiam erroneamente os Orixás.
Iemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente. Era Exu. O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado de Pombagira, sua companheira eterna de jornada.
Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente apresentam-se. Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas. Tinham nas faces, a expressão do cansaço. Mas, mesmo assim, gargalhavam muito. Eles nunca perdiam o senso de humor!
E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Iemanjá. Despiram-se de tudo. Exu e Pombagira, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem. Inúmeros eram os absurdos cometidos por encarnados em nome deles. Sem contar o preconceito, que o próprio umbandista ajudou a criar, dentro da sociedade, associando-o a figura do Diabo:

- Hahaha, lamentável essa situação, hahaha, lamentável! - Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir. Essa era a natureza desse querido Orixá.
Iemanjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer:

Espere! - pensou Iemanjá! - Oxalá, Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver essa situação.
E logo Iemanjá colocou-se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou-se na frente de todos. Trazia seu opaxorô, o cajado que sustenta o mundo. Cravou ele na Terra, ao lado da espada de Ogum. Também se despiu de sua roupa sagrada, pra igualar-se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun:
- Olorum manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas. Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse às vezes triste, mas abençoado planeta Terra. Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por uma Umbanda séria, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de "apenas" prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas. Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras "bases de luz" na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se. Esses que realmente nos compreendem e buscam-nos dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orun reside e existe. Esses incríveis filhos de umbanda, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos. Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem a Umbanda de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olorum brilhar e sorrir...
Quando Oxalá calou-se os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos os compreendiam, grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros se juntariam nesse ideal. E aquilo os alegrou tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, que são de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram-se em amor e compaixão pela humanidade.
Em Aruanda, os caboclos, pretos-velhos e crianças, o mesmo fizeram. Largaram tudo, também se despiram e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás.
Na Terra, baianos, marinheiros, boiadeiros, ciganos e todos os povos de Umbanda, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem - aventurança incrível invadiu seus corações. Largaram as armas. Apenas sorriam e abraçavam - se. O alto os abençoava...
Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Pombagiras, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz.
Miríades de espíritos foram retirados do baixo-astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador. E na matéria toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente.
Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou-se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as egrégoras de paz e luz deram as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orun, a morada celestial dos Orixás.
Vocês, filhos de Umbanda, pensem bem! Não transformem a Umbanda em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como "armas" para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Umbanda é simples, é puro sentimento, alegria e razão. Lembrem-se disso.
E quanto a todos aqueles, que lutam por uma Umbanda séria, esclarecida e verdadeira, independente da linha seguida, lembrem-se das palavras de Oxalá ditas linhas acima. Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não têm olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade.

Lembre-se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança. A todos, que lutam pela Umbanda nessa Terra de Orixás, esse texto é dedicado.
Honrem-los.
Seja luz, assim como Eles! 

CARIDADE...UM ATO DE MOR♥








QUE ELA SEJA SEMPRE O AR QUE VOCÊ RESPIRA...
QUE ELA SEJA O DINHEIRO DE SUA CARTEIRA...
QUE ELA SEJA SEMPRE O TROCO A SER DADO...
QUE ELA SEJA A LUZ QUE TE GUIARÁ NO ESCURO...
QUE ELA BROTE DE SEU CORAÇÃO ESPONTANEAMENTE...
QUE ELA SEJA A RAZÃO DO SEU VIVER...
QUE ELA SEJA SEU CANDIDATO NA POLÍTICA...
QUE ELA SEJA ELEITA PARA UM MANDATO ETERNO...
QUE ELA SEJA A MUDANÇA RADICAL A SUA VIDA...
QUE ELA SEJA E ESTEJA PRESENTE ATÉ SEU ÚLTIMO SUSPIRO...
QUE ELA SEJA A SUA RIQUEZA ABUNDANTE...
QUE ELA SEJA SUA FIÉL ESCUDEIRA...
QUE ELA SEJA A...CARIDADE!!!!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

AOS MEUS VERDADEIROS AMIGOS


ADOREI ESSE TEXTO, POR ISSO VOU POSTAR...TEXTO FEITO POR ALGUÉM CUJO CODINOME É : CORAÇÃO DE UM POETA....


E eu te amei, te amei demais...

E o nosso amor era grande demais
Era tão grande que não cabia dentro da gente
Era tão grande que não cabia nesta cidade.
Era tão grande que acabou.

Era tudo pra mim. Era mais do que você sempre pensou.
Mas acabou.
Acabou e eu estou só, como eu devia estar.
Eu preciso me apaixonar de novo.
Preciso sentir essa coisa boa de gostar de alguém.

Preciso sentir que o amor pode ser maior do que a gente imagina.
Preciso sentir que o amor nunca acaba.
Que o amor não é só sexo.
Que o amor não é tudo isso que eu senti até agora.

Preciso de alguém que me vire do avesso
Que me tire dessa rotina enfadonha que é a minha vida.
Quero alguém que não tenha vergonha de dizer que ama.
Que não me considere migalha.

Quero um amor maior do que todos esses que eu pensei sentir.
Quero aquele que não vá embora.
Que espere que toda a minha confusão se acabe.
Que acabe com a minha confusão ou que me deixe maluca de vez.

Eu quero amar.
Eu preciso de um rumo.
Quero parar de me sentir um ponto sem nó.
Quero me ver fazendo sentindo.
Encontrar sentido nas coisas.

Não tenho vontade de te ver de novo.
Mas é certo que te amei demais.
Te amei tanto que me perdi e não soube o que fazer com esse amor.
Te amei tanto que deixei de me amar e você sequer acreditou em mim.

Te amei tanto que estou escrevendo agora sob efeito do álcool
Sã eu não te amaria tanto.
Sã meu amor não sairia assim facilmente.
Foi mais difícil pra mim assumir que sinto saudade de você
do que de fato te amar.

Eu quero sair disso.
Quero saiba que apesar da falta que você me faz eu ainda sobrevivo.
Eu ainda estou aqui, pronta pra sofrer de novo.

E você sabe que nosso amor era grande demais pra mim.
Era tão grande que eu não pude suportar.
Era maior do que eu mesma.
Era maior do que a gente.
Era maior do que tudo.
Era tão grande que eu aceito que você o distribua ao resto do mundo.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Aprovações...






"Certa vez um chefe de Terreiro que tinha sua vida material muito bem sucedida, recebeu a ordem de seu Pai, Sr. Ogum Iara, que era para doar tudo o que tinha para as pessoas pobres. Mas ele se recusou. passou algum tempo, e esse rapaz foi perdendo tudo o que tinha conseguido com o seu sacrifício.  Ele passou sete dias invocando seu Pai, e nada. Sr. Ogum Iara estava neutro! No sétimo dia o homem invocou-o novamente, e seu guia se manifestou. Explicou para seus filhos e para família de seu cavalo, o porque que tinha acontecido essa reviravolta na vida dele. E deixou bem claro que nunca mais o cavalo dele fizesse o que fez, não obedecer uma ordem dada!"

Moral: As aprovações vem de todos os jeitos e lados. Vem das entidades e vem da vida. Somos testados pelas nossas entidades porque elas querem ver até onde vai a nossa "apegamento" ao mundo material. E se confiamos neles.
Peço a vocês, que quando uma entidade chegar no mundo e mandar  vocês darem tudo aquilo que têm, não duvidem, nem fiquem com medo de perder tudo, até porque enquanto eles mandam a gente tira duma mão, eles colocam na outra coisas melhores.
Axé para todos!!

História contada pelo Cacique Oxossi Arranca Toco da Mata Virgem

fonte: Mundo dos Caboclos

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

UMBANDA É PAZ, AMOR E CARIDADE




É a religião que esta à frente dos tempos!

Trabalhos espirituais financeiramente cobrados - Não é umbanda!
Matança de animais, sacrifício e uso de sangue - Não é umbanda!
Assédio sexual e comportamento promíscuo - Não é umbanda!
Falta de moral e desrespeito aos que procuram ajuda espiritual - Não é umbanda! Trabalhos de amarração e outros similares -Não é umbanda!
Promessas de milagres e soluções materiais mirabolantes - Não é umbanda!
Atalhos para evolução e iluminação sem trabalho espiritual -Não é umbanda!
Umbanda é a manifestação de espíritos para a caridade
Umbanda é aprender com os mais evoluídos e ensinar aos menos evoluídos
Umbanda é acima de tudo trabalho espiritual
Umbanda é Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração
Umbanda é o UM, com todos nós, a sua BANDA, suas partes
Umbanda é sinônimo de curador, sacerdote e médium
Umbanda é o templo onde habita Olorum seus Orixás, junto de nós e nossos guias.

SOU COMO VOCÊ





Não me despreze pela cor da minha pele.
Não me queime nas fogueiras das tuas crenças.
Permita a minha vida em todas as liberdades,
Que me tornam parte das lideranças.

Diferenças que me permitiram ser o que apenas sou.
Muitas são as vezes que me renego querendo ser como você.
Por tantas perseguições, maus tratos e humilhações.
Não faça assim comigo! Sou como você.

Veja que as palmas de minhas mãos, estendidas a te pedir, são como as tuas.
As solas de meus pés que pisam a mesma terra, não são diferentes das tuas.

Minhas orações também saem do coração na busca do mesmo Deus.
Aquele que nos fez assim, tão iguais em nossas diferenças.