sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O Nobre Caminho Óctuplo


O Nobre Caminho Óctuplo é, nos ensinamentos do Buda, um conjunto de oito práticas que correspondem à quarta nobre verdade do budismo. Também é conhecido como o "caminho do meio" porque é baseado na moderação e na harmonia, sem cair em extremos.
Essas oito práticas estão descritas nesta passagem:
"Agora, bhikkhus, esta é a nobre verdade do caminho que conduz à cessação do sofrimento: é este Nobre Caminho Óctuplo: entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta."

O símbolo Dharmachakra é representado como uma roda de biga (Sânscrito cakram) com oito raios. É o símbolo budista mais antigo conhecido encontrado na arte indiana, surgindo com a primeira iconografia pós-Harappa sobrevivente no tempo do rei Budista Ashoka. O Dharmachakra tem sido usado por todas as nações budistas como um símbolo a partir de então. Na sua forma mais simples, o Dharmachakra é reconhecido globalmente como um símbolo do Budismo que encerra o resumo de todos os ensinamentos do Buda. Os raios representam o Nobre Caminho Óctuplo.[1]
É este símbolo que se encontra na bandeira da ìndia, sendo que no pavilhão indiano são muitos os raios.






1. Visão adequada.

Refúgio, compreender as causas do sofrimento e evitá-las, não buscar felicidade naquilo que não é capaz de produzir felicidade, reconhecer o Buda.

Os três próximos passos referem-se à moralidade em mente, fala e corpo:

2. Moralidade em mente:

Já que o refúgio foi tomado, sabe-se que uma mente cheia de raiva ou apeno, ansiedade, má-vontade, preguiça ou idéias errôneas não vai produzir liberdade, ou sequer felicidade. Então evita-se as não-virtudes de mente.

3. Moralidade em fala/emoções:

Também sabe-se que mentir, difamar, falar inutilmente e rudemente não são interessantes, e evita-se as não-virtudes de fala/emoção.

4. Moralidade de corpo:

Sabe-se que matar, roubar ou engajar-se em ação sexual que cause sofrimento aos outros não vai produzir liberdade ou sequer felicidade, então evita-se as não-virtudes de corpo.

5. Inserção adequada no mundo:

Agir de acordo com as seis paramitas (generosidade, disciplina, paciência, esforço constante, concentração e sabedoria) e as quatro qualidades incomensuráveis (amor, compaixão, alegria e equanimidade).

As etapas 6 e 7 referem-se à prática formal de meditação:

6. Estabilidade:

Sentamos com a coluna ereta e apenas ficamos imóveis pelo tempo programado. Se os passos anteriores forem bem estabelecidos, isso fica mais fácil. Se nos esforçamos na sexta etapa, todos os passos anteriores ficam mais fáceis.

7. Sabedoria:

Através das instruções de nosso professor e de nossa prática cotidiana e formal, eventualmente reconhecemos diretamente a vacuidade inseparável da luminosidade.

8. Liberação de Duka:

Através da união da sabedoria que reconhece a vacuidade diretamente e as práticas da quinta etapa, atingimos completamente os dois tipos de benefício (temporário e definitivo), para nós mesmos e para todos os seres.