sexta-feira, 4 de outubro de 2013

PADROEIRO DA ECOLOGIA





Para quem me conhece não é novidade que eu levo a Fé como carro chefe da minha vida...através dela é onde encontro forças para seguir em frente todas as vezes em que a vida insiste em querer me colocar a prova...e por sorte ou por Fé eu sempre consigo ultrapassar meus limites e seguir em frente principalmente com a cabeça erguida.


Minha história com São Francisco vai muito além do amor aos animais e o respeito a natureza...para quem não conhece a real história de São Francisco, ou São Chiquinho como eu o chamocarinhosamente precisa ler o texto abaixo para que possa ao menos  saber o quão lindo de coração ele é...

Pregador e Pacificador, os testemunhos de época relatam que seu estilo de pregação era direto e simples, usando o vernáculo, longe da eloquência sacra de seu tempo, mas afirmam que sua sinceridade e compreensão das dificuldades da vida popular, sua habilidade em evocar imagens ilustrativas vivazes em pequenas parábolas ou histórias retiradas de suas experiências do cotidiano entre o povo, e sua capacidade de apresentar a doutrina cristã de forma inteligível, faziam que seu discurso tivesse um efeito persuasivo profundo. Também fazia uso do humor e de uma atuação que tinha muito de teatral, a fim de que a mensagem se fizesse mais acessível e atraente e usualmente solicitava permissão da autoridade religiosa local para iniciar sua fala ao povo. Às vezes acompanhava a pregação com o canto de hinos sacros, alguns compostos em letra e música por ele mesmo, e chamava a si e seus irmãos de "os menestréis de Deus".

Sua paciência e bondade para com todos fizeram com que fosse procurado constantemente por pessoas de todas as posições sociais que iam a ele em busca de conselho e orientação, e a todos instruía na melhor forma de alcançar a salvação na condição em que se encontravam, regozijando-se em ver que suas palavras amiúde davam frutos positivos e que os costumes se iam reformando gradualmente. No florido estilo de sua Vita prima Celano afirma que em virtude de sua presença e atuação em pouco tempo toda a Úmbria se havia transformado, e se tornara um lugar mais aprazível.Francisco desejava acima de tudo que os irmãos pregassem através do exemplo pessoal, conseguido na imitação do exemplo de Cristo, e o modelo monástico que ele implementou representa uma transição entre o monasticismo medieval enclausurado e as novas formas de vida apostólica que mais tarde se consolidaram, mais abertas para o mundo exterior e mais dedicadas ao serviço prático para com os necessitados, e fez essa reforma sem jamais ter pretendido ser um reformador. Outra de suas contribuições foi a de enfatizar a paz, a tolerância, o respeito e a concórdia, e ele sempre teve a convicção de que os irmãos deviam ser pacificadores, o que deixou expresso em vários escritos e foi repetido por seus biógrafos. Mesmo nas missões que enviou para entre os muçulmanos fez recomendações para que os missionários mantivessem uma postura de respeito para com as manifestações da divindade em todos os credos e de sujeição às leis civis locais, e que evitassem se envolver em disputas teológicas. Ele pessoalmente conseguiu a paz em vários conflitos internos nas cidades italianas de Arezzo, Peruggia, Siena, Gubbio e Bolonha, e pouco antes de morrer, já gravemente enfermo, fez a paz entre o bispo e o poder civil em Assis, o que não deixa de ter conotações simbólicas, apontando para seu perene desejo de reconciliação entre a religião e o mundo profano.

Como Cristo recomendara a seus apóstolos que em cada casa em que entrassem dissessem "Que a paz do Senhor esteja nesta casa", usualmente Francisco costumava iniciar e terminar suas prédicas com a proclamação da paz. A seus próprios seguidores, Francisco dissera: "Assim como anunciais a paz pela boca, estejais certos de que a paz esteja em vossos corações". A saudação Pax et bonum (Paz e bem), que usava frequentemente, se tornou mais tarde o lema da sua Ordem e também da cidade de Assis.Em 2002 o papa João Paulo II presidiu uma cerimônia em Assis que reuniu duzentos líderes de vinte e quatro religiões para que fosse celebrado um Dia Internacional de Preces para a Paz no Mundo. Foi elaborado o documento O Decálogo da Paz de Assis e enviado para todos os chefes de estado do mundo, e no encerramento da cerimônia todos trocaram o beijo da paz enquanto era cantado o Cântico ao irmão Sol.





Em Carta Apostólica de 29.11.1999, o Papa João Paulo II proclamou, S. Francisco de Assis “celeste padroeiro dos cultores da Ecologia”.

Ad. Perpetuam rei memoriam. - Entre os santos e preclaros varões que respeitaram a natureza como maravilhoso presente que Deus fez ao gênero humano, figura merecidamente São Francisco de Assis. Pois com sensibilidade singular ele apreciava todas as obras do Criador e, como que divinamente inspirado, criou este admirável “Cântico das Criaturas”, as quais, o irmão sol sobretudo, e a irmã lua como as estrelas do céu lhe davam ensejo de render devidamente louvor, glória, honra e toda a benção ao altíssimo, onipotente e bom Senhor.

Estava, pois, muito bem avisado o nosso venerável Irmão Sílvio Oddi, Cardeal da Santa Romana Igreja e Prefeito da Sagrada Congregação para os Clérigos, quando, fazendo-se porta-voz principalmente dos membros da Associação Internacional chamada “Planning environmental and ecologycal Institute for quality life”, pediu a esta Sé Apostólica que São Francisco de Assis fosse declarado padroeiro junto de Deus daqueles que se empenham pela Ecologia.

E Nós, de acordo com a Sagrada Congregação para os Sacramentos e o Culto Divino, em virtude destas Letras, válidas para todo o sempre, proclamamos São Francisco de Assis, padroeiro celestial de todos os cultores da Ecologia, com todas as honras e respectivos privilégios litúrgicos.

Nada possa obstar. E isto pronunciamos, mandando que estas Letras sejam religiosamente observadas e surtam efeito no presente como no futuro.

Dado em Roma, junto a São Pedro, sob o anel do Pescador, no dia 29 de novembro de mil novecentos e setenta e nove, segundo do Nosso pontificado.

JOÃO PAULO PP. II