sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Caô meu pai Xangô




XANGÔ
por João Carlos Ventura
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Xangô nosso orixá
Senhor das pedreiras
Senhor da justiça divina
Maleime nosso pai
Possamos aceitar sua justiça
Que sabemos será sempre a mais justa
Amparai-nos na descida
Elevai-nos na ascensão
Permita podermos andar
Sobre as pedras em nossos caminhos
Permita podermos sermos justos e
Imparciais como sua justiça o é
Permita purificarmos nossos pensamentos
Em seu fogo divino e renascer
Renovados em sua fé
Dai-nos forças para aceitar e
Seguir suas determinações
Câo cabecilê
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Diante de vossa presença
Ouço um brado ecoar
Sinto a terra a tremular
Em reverência, estou a lhe rogar
Sabedoria para não julgar
Razão para me equilibrar
Diante de vossa presença
As nuvens estão a se curvar
As águas correm tranquilas
Seguindo o curso do mar
Vejo refletida, a beleza do luar
E a sensatez de meu pensar
Que o senhor possa alinhar
Minha mente, minha vida
E seu fogo purificar
-
A estrela de oito pontas
Seja a guia de meu breve caminhar
Sua luz esteja a me iluminar
Xangô, orixá do fogo e da razão
Seu machado bate forte no chão
Seguindo sua determinação
Com a lei a se firmar
Justiça seja feita diante de seu olhar
Obrigada, meu pai Xangô!

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